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quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

TERRA NÃO COMPARTILHADA



Território marcado

A palavra terra é derivada de uma substância sólida da crosta terrestre, terreno firme, lugar onde pisamos, imenso conglomerado rochoso, concreto ao mesmo tempo abstrato. Porém, muitos a conhecem tão-somente pelo fato de manterem os pés sobre ela, visarem o globo terrestre nos estudos da geografia, ou simplesmente saberem que a mesma é redonda. Ou seja, conhecem-na fisicamente.
No entanto, vivem o cotidiano sobre um ambiente onde bilhares dividem o mesmo espaço físico. Uma terra onde sobra-se espaço material para todos viverem, mas, contudo, sem compartilharem das mesmas dádivas que a mesma oferece. Pois essa mesma terra, por sua vez, é o verdadeiro campo de concentração para a diferença, que verdadeiramente existe e atua sobre diversas características perpendiculares.
As tais são apresentadas todos os dias há uma nação que tanto luta, porém não consegue compartilhá-la além do seu espaço físico. Uma vez que os próprios são os responsáveis por tais situações de separações entre os espaços; físicos/sociais. Pois, essas mesmas lutas cotidianas nas sociedades são voltadas a interesses particulares, ou seja, interesses que não atuam em pró de um espaço igual para todos. Mas sim, para assuntos individuais, onde a importância para uma sobrevivência em um território equivale à necessidade de adquirir o seu próprio espaço. Não que seja um erro batalhar ao encontro de um espaço desejado, mas que para isso não se faça preciso ocupá-lo por inteiro, ao pensar que outros não são dignos de dividir os mesmos ambientes, ou seja, o mesmo espaço perante sociedade.
No entanto, viver sob tal aproximação entre espaço não vai além de centímetros  transformados em km de distância. Afastando-os mais e mais uns para com os outros. Uma vez que as existentes separações das fronteiras os colocam completamente sobre postos opostos, as mesmas que os acompanham desde as suas existências, como; a fronteira do preconceito, racismo, classe social, resumindo, as fronteiras da desigualdade.  No entanto, distanciando ainda mais a terra de uma terra que, por sua vez, poderia ser responsável por frutos não iguais, porém melhores. Uma vez que tantos devaneios e egocentrismos são os verdadeiros responsáveis por tais divisões.
Exemplo disso foi o famoso muro de Berlim - espaço dividido entre uma nação, Alemanha oriental/ocidental, onde uma gigantesca muralha física os separavam. Ou seja, um mesmo povo que viviam separados pelo concreto.  Algo que perdurou sobre mais de um quarto de século, onde o principal fator de tamanho episódio foi causado pela diferença que se resume em diversos fatores. Mas ao todo, todos se resumiam a uma característica que prevalece  aos dias atuais; a desigualdade e a falta de compreensão - frutos de uma ascensão egoísta.
Entretanto, a situação é continua em territórios onde a palavra diferença possui o seu papel e poder. Pois, a mesma é nascida de um pouco de cada um, e alimentada por quase todos. Criando uma divisão não concreta como o muro de Berlim, porém abstrata e real como se o próprio existisse e pudesse ser visto a olho nu.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Excessivamente aquecido



“Respondendo as provocações”

O planeta tem sofrido ataques constantes em sua estrutura, advindos de ações gananciosas por parte daqueles que vivem sob crescentes busca por poderes. O mesmo é atacado diversas vezes por segundo a todo instante, como se rajadas de metralhadoras o atingisse sem parar. Pois, os réus de ataques impiedosos para com o mesmo, atuam com uma extravagância explicita e rotineira. Sendo o alvo relacionado aos setores que formam e completam o planeta. Como; a água, o solo e o ar. Principais formadores dessa estrutura esplêndida, que há tanto tempo sustentam as vítimas; os animais, e os verdadeiros réus dessas ações; os homens.
No entanto, grandes cicatrizes vêm se desenvolvendo em meio ao tempo, por parte desse devaneio incontrolável. Sobretudo, aderindo forças maiores ainda, uma vez que ações só param para serem substituídas por outras ainda maiores.
Contudo, os meios necessários para a vida estão morrendo aos poucos, tornando o ambiente sutil, indefeso, e menos produtivo. A água, por sua vez, vem aderindo poluições constantes, e muitas vezes até difíceis de controlar, onde os animais, aves, peixes e até o próprio ser humano é que tem sofrido por isso. O solo, uma das maiores fontes de riquezas para a sobrevivência, tem sido frustrado por tamanha incompreensão humana. E o ar, aquele a quem se deve o fôlego de vida, pois o mesmo é responsável pelo o seguro constante de bilhões de seres existentes no planeta, por sua vez, já não é mais aquele ar puro e seguro.
Ambos são sufocados e desfalecem pouco a pouco, às vezes passando até de certa forma despercebidos por muitos, ou seja, tais não enxergam ou simplesmente não pretendem enxergar além de seus globos oculares. No entanto, muito acontece, infelizmente não a favor daquele a quem tem se preocupado com a necessidade da humanidade desde o seu surgimento, o planeta. Mas sim, a favor de uma sociedade que tanto tem se preocupado com o seu eu. Através de assuntos egocêntricos, onde o centro das atenções é tão-somente direcionado ao poder.
Não cedendo espaços para medidas cabíveis, que possam garantir a segurabilidade da vida, principalmente a de quem mais a necessita, o próprio ser. São mau uso das águas, poluições, desmatamentos, usos de mecanismos tóxicos, queima de combustíveis fósseis, petróleo, etc. Tornando o mundo menos seguro e difícil de se viver, ou seja, tornando-o no que hoje ele é.
Dando ênfase a um período onde a revolução é fruto de uma evolução constante. Evolução em termos tecnológicos, pois a mesma só evolui e, de fato, oferecendo assim, ferramentas importantes para uso cotidiano da humanidade. As tais são decerto aperitivos viciosos, devido à necessidade e até obrigação de possuí-las, pois o mundo encaminha-se a cada instante para um futuro rico em tecnologia, porém pobre em vida.
Sobretudo, causando a maior de todas as batalhas já ocorridas na história da humanidade. Ações surgindo sem avisos prévios, como; ventos fortes, furacões, maremotos, alagamentos, chuvas fortes etc. Uma total devastação para com a vida, através de repetidas reações naturais. Assim como disse em uma de suas frases um dos maiores físicos e ícones da era contemporânea, responsável pela criação da tão famosa bomba atômica há meados dos séculos 1940 Albert Ainstein. “Quando agredida a natureza não se defende. Apenas se vinga”.
Por isso, é preciso haver uma analise profunda, seguida de uma compreensão definitiva, sob medidas eficazes a respeito da real situação do planeta em que vivemos. De outra sorte, a humanidade mesmo com seus meios tecnológicos não será capaz de conter os ataques, ou melhor, as respostas daquela que ninguém pode; a natureza.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

IMAGINE




Imagine não haver o paraíso
É fácil se você tentar
Nenhum Inferno abaixo de nós
Acima de nós, só o céu

Imagine todas as pessoas
Vivendo para o hoje

Imagine que não houvesse nenhum país
Não é difícil imaginar
Nenhum motivo para matar ou morrer
E nem religião, também

Imagine todas as pessoas
Vivendo a vida em paz

Você pode dizer que eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Espero que um dia você junte-se a nós
E o mundo será como um só

Imagine que não ha posses
Eu me pergunto se você pode
Sem a necessidade de ganância ou fome
Uma irmandade dos homens

Imagine todas as pessoas
Partilhando todo o mundo

Você pode dizer que eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Espero que um dia você junte-se a nós
E o mundo viverá como um só

                                                                           John Lennon