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sexta-feira, 16 de março de 2012

Questionando os fatos




O que seria verdade na história

A história da humanidade é recheada por inúmeras peculiaridades; perguntas e respostas; certezas e incertezas, diversos tipos de informações, “fatos” que apresentam características variantes e retumbantes sobre o que seria a verdade e como encará-la. A mesma transcorre através de respostas de fácil aceitação para um público acostumado com o que vêem em livros, jornais, filmes, etc... submetidos as teses e pensamentos alheios desde o primórdio de suas existências, por falta de racionalidade e crítica independentes. 
Pois diante dos ocorridos ficaram legados e crenças sobre o que seria de fato a história, com uma formulação de idéias definidas como corretas sobre civilizações passadas. Através de estudos e levantamentos de especialistas, identificando o que seria o passado e mantendo uma idéia contínua sobre como poderia se classificar o presente. Porém, o que se sabe é; o que de fato é correto? Qual a origem do planeta? Quem somos? Como surgimos? “Somos descendentes de que ou quem? Quem são os "heróis" das descobertas, isto é, se houve realmente herói e descobertas?   Há uma religião correta, e qual seria esta religião? etc...

Contudo, mesmo presente a uma civilização em pleno século XXI em que todos pensam livremente e defendem suas próprias concepções sobre o que de fato acham sobre as “verdades”. Fica evidente o quanto as respostas se tornam inferiores mediante as infindáveis e inováveis perguntas que se multiplicam aceleradamente, transformando a mente humana de geração a geração.  Pois muito aconteceu como; a consistente teoria cientifica que leva a humanidade a crer no famoso big Ben, teoria essa que garante o surgimento do universo e sua composição através dessa grande explosão cósmica que ocorrera a meados de 10 a 20 bilhões de anos atrás. Além da figura comprovada através de fósseis: os chamados dinossauros, que teriam reinado na terra a milhões de anos. Dentre vários outros períodos e vivências, havendo também os estudos da pré-história sobre a evolução do macaco, transformando-o no que hoje ele pode ser chamado – “homem”.

Contudo, a construção da linhagem histórica continuava em todas as suas características. Assim como na religião, onde, por entre muitos anos os povos, como os gregos há séculos a. C, que firmavam-se mais e mais na idéia abstrata de diversos deuses. Assegurando uma crença politeísta referente ao mito, até começarem a descobrir-se através dos estudos e pesquisas de grandes pensadores da época, em destaque; Hecateu de Mileto século V a. C, e em conseqüência Heródoto, o então considerado pai da história.

Entretanto, séculos adiante, a indubitável teoria "verídica" do cristianismo. Que prova a criação do homem por Deus através de sua imagem e semelhança, e que após o pecado ter se difundido na terra por um único homem, viria o filho de Deus a terra como forma humana para salvar os pecadores, conduzindo-os ao arrependimento para viver uma vida sã, onde o porto principal seria o céu. Fato que já os tirava da idéia abstrata do mito, vivendo-os conduzidos pela representante de Deus na terra, a chamada igreja. Para tal era preciso crêr em uma verdade unificada, dando um basta na teoria politeísta e viver desde então a única, a monoteísta, Único Deus.   

Sobretudo, muitos episódios marcantes transformam a história no que hoje ela é, através do conhecimento da escrita que passa a datar e solidificar a mesma como a ciência que estuda o homem em seu tempo. Hoje, vivendo os tais, sobre idéias mutuantes a respeito do que creem, ou seja, libertos para compreenderem segundo o seu entendimento. Como a capacidade de identificar através da leitura o que poderia ser considerados “erros” na história. Como diversos marcos ocorridos a centenas e milhares de anos hoje visto não só como "passados verídicos", mas sob uma ótica crítica a respeito dos mesmos, ou seja, se isso realmente aconteceu e como aconteceu. Exemplo disto é a figura de homens guerreiros, reivindicadores de melhores vidas, como réus de condenação, por se levantarem contra as vontades da corte - reis. Entrementes, transcrevendo a história, erguendo a bandeira de heroísmo para homens que dividiram interesses, egoísmos  e glórias particulares entre si.

Contudo, a grande massa sofredora; índios, escravos, pobres homens, mulheres e crianças não obstante, reivindicavam somente o que seria essencial para ter uma vida oposta a tamanhos sofrimentos. Pois o desfruto das terras e vidas  eram imensamente desproporcionais ao que se necessitava para obtenção de recursos econômicos para o país. Vidas inocentes eram sucumbidas e perdidas, muito sangue foi derramado para hoje vermos a imagem de usurpadores expostas em livros e quadros como os heróis do povo. O que infelizmente muito aconteceu na construção da história; a pobreza constrói, porém a classe dominante é que se torna os engenheiros e arquitetos das obras - os gloriosos.

No entanto, hoje o homem vive à base de projetos pessoais, interesses familiares, livre das correntes que o prenderam por tanto tempo. Porém há algo que o mesmo ainda não se libertou mesmo ao se passar milhares de anos; a dúvida. Pois quanto mais a sociedade se torna crítica e racional, mais interrogações surgirão, uma vez que para acreditar em algo faz necessário desacreditar de algo, o que torna a continua e inaceitável idéia de confronto. Diferenciando-os de uma unificação passada para uma liberdade presente e futura, acreditando e defendendo, portanto carregados de dúvidas e questionamentos, porque milhares de perguntas continuaram sem respostas.