O que seria verdade na história
A história da humanidade é recheada por inúmeras
peculiaridades; perguntas e respostas; certezas e incertezas, diversos tipos de
informações, “fatos” que apresentam características variantes e retumbantes
sobre o que seria a verdade e como encará-la. A mesma transcorre através de
respostas de fácil aceitação para um público acostumado com o que vêem em
livros, jornais, filmes, etc... submetidos as teses e pensamentos alheios desde
o primórdio de suas existências, por falta de racionalidade e crítica independentes.
Pois diante dos ocorridos ficaram legados e crenças sobre o
que seria de fato a história, com uma formulação de idéias definidas como
corretas sobre civilizações passadas. Através de estudos e levantamentos de
especialistas, identificando o que seria o passado e mantendo uma idéia
contínua sobre como poderia se classificar o presente. Porém, o que se sabe é;
o que de fato é correto? Qual a
origem do planeta? Quem somos?
Como surgimos? “Somos descendentes de que ou quem? Quem são os
"heróis" das descobertas, isto é, se houve realmente herói e
descobertas? Há uma religião correta, e qual seria esta religião?
etc...
Contudo, mesmo presente a uma civilização em pleno século
XXI em que todos pensam livremente e defendem suas próprias concepções sobre o
que de fato acham sobre as “verdades”. Fica evidente o quanto as respostas se
tornam inferiores mediante as infindáveis e inováveis perguntas que se
multiplicam aceleradamente, transformando a mente humana de geração a geração. Pois muito aconteceu como; a consistente teoria cientifica
que leva a humanidade a crer no famoso big Ben, teoria essa que garante o
surgimento do universo e sua composição através dessa grande explosão cósmica
que ocorrera a meados de 10 a 20 bilhões de anos atrás. Além da figura
comprovada através de fósseis: os chamados dinossauros, que teriam reinado na
terra a milhões de anos. Dentre vários outros períodos e vivências, havendo
também os estudos da pré-história sobre a evolução do macaco, transformando-o
no que hoje ele pode ser chamado – “homem”.
Contudo, a construção da linhagem histórica continuava em
todas as suas características. Assim como na religião, onde, por entre muitos
anos os povos, como os gregos há séculos a. C, que firmavam-se mais e mais na
idéia abstrata de diversos deuses. Assegurando uma crença politeísta referente
ao mito, até começarem a descobrir-se através dos estudos e pesquisas de
grandes pensadores da época, em destaque; Hecateu de Mileto século V a. C, e em
conseqüência Heródoto, o então considerado pai da história.
Entretanto, séculos adiante, a indubitável teoria
"verídica" do cristianismo. Que prova a criação do homem por Deus
através de sua imagem e semelhança, e que após o pecado ter se difundido na
terra por um único homem, viria o filho de Deus a terra como forma humana para
salvar os pecadores, conduzindo-os ao arrependimento para viver uma vida sã,
onde o porto principal seria o céu. Fato que já os tirava da idéia abstrata do
mito, vivendo-os conduzidos pela representante de Deus na terra, a chamada
igreja. Para tal era preciso crêr em uma verdade unificada, dando um basta na
teoria politeísta e viver desde então a única, a monoteísta, Único Deus.
Sobretudo, muitos episódios marcantes transformam a
história no que hoje ela é, através do conhecimento da escrita que passa a
datar e solidificar a mesma como a ciência que estuda o homem em seu tempo.
Hoje, vivendo os tais, sobre idéias mutuantes a respeito do que creem, ou seja,
libertos para compreenderem segundo o seu entendimento. Como a capacidade de identificar através da leitura o que
poderia ser considerados “erros” na história. Como diversos marcos ocorridos a
centenas e milhares de anos hoje visto não só como "passados
verídicos", mas sob uma ótica crítica a respeito dos mesmos, ou seja, se
isso realmente aconteceu e como aconteceu. Exemplo disto é a figura de homens
guerreiros, reivindicadores de melhores vidas, como réus de condenação, por se
levantarem contra as vontades da corte - reis. Entrementes, transcrevendo a
história, erguendo a bandeira de heroísmo para homens que dividiram interesses,
egoísmos e glórias particulares entre si.
Contudo, a grande massa sofredora; índios, escravos, pobres
homens, mulheres e crianças não obstante, reivindicavam somente o que seria
essencial para ter uma vida oposta a tamanhos sofrimentos. Pois o desfruto das
terras e vidas eram imensamente desproporcionais ao que se necessitava
para obtenção de recursos econômicos para o país. Vidas inocentes eram
sucumbidas e perdidas, muito sangue foi derramado para hoje vermos a imagem de
usurpadores expostas em livros e quadros como os heróis do povo. O que
infelizmente muito aconteceu na construção da história; a pobreza constrói,
porém a classe dominante é que se torna os engenheiros e arquitetos das obras -
os gloriosos.
No entanto, hoje o homem vive à base de projetos pessoais,
interesses familiares, livre das correntes que o prenderam por tanto tempo.
Porém há algo que o mesmo ainda não se libertou mesmo ao se passar milhares de
anos; a dúvida. Pois quanto mais a sociedade se torna crítica e racional, mais
interrogações surgirão, uma vez que para acreditar em algo faz necessário
desacreditar de algo, o que torna a continua e inaceitável idéia de confronto.
Diferenciando-os de uma unificação passada para uma liberdade presente e
futura, acreditando e defendendo, portanto carregados de dúvidas e
questionamentos, porque milhares de perguntas continuaram sem respostas.